Finanças pessoais

Poupar para a reforma: 6 dicas para preparar o seu futuro

Sabia que existem várias estratégias para aumentar o seu rendimento disponível e, com isso, poupar para sua reforma? Eis algumas delas.

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Poupar para a reforma: 6 dicas para preparar o seu futuro

Sabia que existem várias estratégias para aumentar o seu rendimento disponível e, com isso, poupar para sua reforma? Eis algumas delas.

Deixar a vida ativa, ou melhor, chegar à reforma, "deveria" significar ter chegado o momento de aproveitarmos o nosso tempo livre para fazer mais de tudo aquilo que nos traz felicidade, como viajar ou estar com a família. Mas, o ideal é que não existam grandes preocupações financeiras nesta fase. No entanto, isto nem sempre é possível.

Se quer começar a preparar a chegada à reforma, saiba que existem diversas estratégias para alcançar os seus objetivos a longo prazo.

Defina um orçamento mensal para controlar as suas despesas

Um dos aspetos mais importantes no que toca a finanças pessoais é saber para onde está a ir o seu dinheiro. Controlar as suas despesas é essencial. Não só para poupar para a reforma, mas também para salvaguardar a sua estabilidade financeira. Para isso, deve começar por estabelecer um orçamento, identificando todas as suas despesas e rendimentos. De seguida, organize as despesas por categorias, nomeadamente prestações de crédito, saúde, educação, transportes, entre outras mais simples, como lazer ou entretenimento.

O principal objetivo de organizar as suas despesas por categorias é saber onde reduzir os seus gastos e, sobretudo, quanto dinheiro pode amealhar para a sua reforma. Por exemplo, se fizer várias refeições fora, pode, em alternativa, levar comida para o trabalho. Se fizer três refeições por semana fora de casa e gastar e média 10€, isso significa que ao final do mês já são 120€ a menos na sua carteira. Da mesma forma, se estiver a pagar por várias subscrições de serviços que pouco utiliza, então pode poupar várias centenas de euros por ano se optar por cancelá-los.

No caso das subscrições, tenha especial atenção aos casos em que "apenas" paga 1€ por dia, pois estas geralmente têm custos mais elevados ao final do mês. Embora um 1€ por dia pareça um valor baixo, na verdade custa-lhe 365€ por ano. Ao final de 40 anos, estamos a falar de quase 15.000€. Este dinheiro pode ser vital na eventualidade de surgir uma emergência e precisar de recorrer ao seu pé de meia. Além disso, esta quantia elevada pode ser canalizada para a preparação da reforma.

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Trabalho extra para aumentar os seus rendimentos

Se o seu salário não lhe permite poupar ao final do mês, pode tentar fazer um trabalho extra para aumentar os seus rendimentos. Existem diversas opções, como trabalhar em regime de freelancer nos seus tempos livres, ter um part-time ao fim de semana, ou fazer pequenas prestações de serviços.

Existem também outras vantagens de fazer um trabalho extra, além dos rendimentos. Por exemplo, se sempre quis experimentar alguma área diferente da qual está a trabalhar, pode ser uma boa oportunidade. Caso queira aperfeiçoar os seus conhecimentos, também pode tirar partido do seu trabalho extra para aumentar o seu valor no mercado de trabalho. Em última instância, se sempre quis ter um negócio, pode começar por apostar naquilo que lhe dá mais gosto fazer.

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Renegoceie contratos e créditos

Outra estratégia eficaz para aumentar o seu rendimento disponível e, por sua vez, ajudá-lo a poupar para a reforma, é através da renegociação dos seus créditos. Primeiro, deve analisar as condições atuais dos seus créditos, nomeadamente as taxas de juro e spread, a maturidade/prazos de pagamento, além de possíveis cláusulas ou produtos que podem ser renegociados junto do banco.

No caso da consolidação de créditos, saiba que existem requisitos que deve cumprir para que o banco autorize essa solução. Ter as prestações em dia, emprego estável e dar uma garantia ao banco são algumas das condições exigidas. Tenha em consideração que a sua taxa de esforço for elevada, ainda que o seu emprego possa ser estável, o banco pode recusar o pedido.

Quanto aos contratos de eletricidade, comunicações e seguros, primeiro, deve avaliar o mercado para tentar perceber se está a pagar mais ou menos do que o praticado. Muitas vezes, os fornecedores fazem campanhas trimestrais com preços atrativos, por isso fique atento a eventuais descontos. Ainda assim, tenha especial atenção à fidelização dos seus contratos e informe-se das cláusulas que tem de cumprir antes de alterar de fornecedor.

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mãos de jovem mulher, com unhas pintadas de vermelho, segura um molho de nota de euro, de diferentes valores, ilustrando os hábitos de poupança

Aumente as poupanças para a reforma de forma automática

Poupar pode parecer-lhe algo difícil, mas não precisa de ser assim. Existem estratégias práticas e eficazes para aumentar as suas poupanças. Por exemplo, em quase todas as aplicações bancárias, existe a possibilidade de configurar transferências automáticas para uma conta-poupança. Assim, está sempre salvaguardado que irá poupar o mesmo valor todos os meses. Na prática, está a pagar-se a si primeiro, isto é, a criar o hábito de viver com o salário que resta após a poupança, ao contrário de só poupar aquilo que resta do seu salário.

A juntar a esta estratégia, pode também usar aplicações que mostram as suas despesas organizadas por categoria. Esta é uma ótima forma também para gerir o seu orçamento mensal, sendo que estas aplicações também permitem definir limites para cada categoria. Caso algum destes limites seja ultrapassado, consegue saber de imediato e ajustar rapidamente os hábitos de consumo.

À medida que vai melhorando os seus hábitos de consumo, pode aumentar as suas contribuições mensais para a reforma. Da mesma forma, se receber um aumento ou um bónus salarial, pondere também direcionar esse dinheiro para as suas poupanças.

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Amortize as suas dívidas o máximo que puder

Eliminar por completo as suas dívidas é fundamental para criar os alicerces necessários para uma vida financeira estável. Os juros que paga todos os meses reduzem a sua capacidade de poupança para a reforma, logo, deve estabelecer como prioridade amortizar as suas dívidas e recuperar essa folga financeira.

Existem duas formas de reduzir as suas dívidas. A primeira consiste em "atacar" por ordem as dívidas com taxas de juros mais altas, como cartões de crédito ou empréstimos pessoais. Já a segunda consiste em amortizar as dívidas de menor valor, eliminando mais rapidamente as prestações mensais. Se for uma pessoa que gosta de ver resultados mais rápidos, a segunda opção é a mais indicada para si.

Algo que vale a pena lembrar é ao fazer o seu orçamento mensal, analisar sempre o "peso" das suas dívidas todos os meses. Se este for bastante elevado, idealmente deve aproveitar as poupanças para amortizar periodicamente os seus empréstimos. Se estiver a pagar 15,8% de taxa de juro numa dívida de 10.000€, por cada 100€ que amortize, então estará a recuperar mais de 15€ anuais em juros. Na prática, é como se "investisse" 100€ e ganhasse 15€ de volta, sem qualquer risco.

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Rentabilize as suas poupanças para a reforma

Embora aumentar os seus rendimentos e poupanças seja essencial, não deve deixar o seu dinheiro "parado". Mesmo que o seu perfil de investidor seja conservador e não pretenda assumir grandes riscos, existem várias oportunidades para rentabilizar as suas poupanças. Por exemplo, em tempos de taxas de juro elevadas, os Certificados de Aforro são produtos atrativos.

Existem também outros produtos financeiros dedicados exclusivamente para a reforma, nomeadamente os Planos Poupança Reforma (PPR). Dependendo da sua idade, tem direito a usufruir de benefícios fiscais, nomeadamente dedução no IRS de 20% do valor investido caso tenha menos de 35 anos, até a um limite de 400€. Já se tiver entre 35 a 50 anos, o limite desce para 350€, enquanto que acima dos 50 anos, apenas pode deduzir 300€ no IRS. No entanto, tenha em consideração que apenas pode resgatar o dinheiro sem penalização, mediante certas condições. Desemprego de longa duração, incapacidade permanente para o trabalho ou doença graves são alguns dos requisitos.

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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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